Berta Cabral, no último congresso do Partido Social Democrata afirmou-se como a grande candidata às eleições regionais de 2012.
A sua moção intitulada “Mãos à Obra pelos Açores” é bem elucidativa da “vontade de ganhar” da “determinação” de uma mulher com M.
Berta Cabral levou anos a decidir-se. Esta indecisão, mas de presença constante, transformou-a num mito.
Para muitos sociais-democratas açorianos Berta é a “desejada” a “salvadora” “o D.Sebastião que… “.
Nela concentra-se toda a expectativa para conduzir o partido de novo, ao poder.
A experiência de liderar a maior autarquia da região,(com obra feita), nenhuma oposição interna, 3 eleições sem responsabilidade (para além das autárquicas, claro mas que lhe darão toda a visibilidade e tempo de antena), o fim de ciclo do PS, a impossibilidade legal de uma candidatura de Carlos César, são condições únicas.
Tudo isso concede a Berta Cabral o “timing” certo.
São 4 anos para preparar a “sua candidatura”.
São 4 anos para se afirmar como a “Alternativa”.
Nenhum outro líder teve tanto apoio, nem uma tão boa conjuntura como Berta tem actualmente.
Assim se compreende o positivismo, o pragmatismo e as certezas que Berta afirma na sua moção que levou ao congresso.
Isso é bem visível logo na 1º frase:
“ O PSD vai ganhar 2012”
e noutras:
o “ Ganhar para servir”
o “ É preciso motivar, envolver, participar e vencer”
o “ Temos que escolher os melhores”
o ” O novo PSD é melhor que o PS envelhecido”
Assim se compreende que o fenómeno “Berta Cabral” tenha deixado pouco espaço
para as alternativas politicas que surgiram.
Como poderia qualquer outro candidato a líder afirmar-se tendo por cima a “sombra” o ”peso” o “estigma” de um mito.
não seria o mesmo que Hillary Clinton agora candidatar-se contra Obama?.
E nós por cá? na nossa “terrinha” que continua à espera d’um “salvador”?????
Será que também teremos um "Hillary", uma “Berta” ou…………
ASAS do Atlântico
Há 2 semanas