Santa Maria recebeu a visita estatutária de 2010, do Governo Regional. Vestiu-se a rigor para receber o seu Presidente. Na semana anterior foi enorme a azafama. Pinturas de estradas; limpeza de valetas, bermas e ribeiras; cortes de relva, colocação de floreiras e tantas outras pequenas coisas (que poderiam ser mantidas o ano inteiro). Mesmo para os mais destraídos , “cheirava” a visita do governo.
E CÉSAR veio! Trouxe uma mão cheia de nada ao contrário da última em que parecia o Pai Natal. Inaugurou o cais de pescas, a 4ª inauguração na Marina , 2 ou 3 acordos, mais uns estudos, Ah! a creche ( em que se “esqueceram” de convidar a Santa Casa). Alíás esta visita foi prodiga em “convites esquecidos" e frases irónicas. Pode mesmo ser apelidada da visita da
“guerra dos convites”ou da
“Ironia de César”.Importante mesmo foi o que
não disse, o que deixou
implicito. Por exemplo, que não precisa de novos loteamentos, pois vai receber terrenos e casas do Aeroporto, e aí pode desenvolver projectos para fixar jovens casais e resolver a habitação social. O que não disse é que isso vai provocar a desertificação das freguesias e criar outros problemas.
Um à parte: seria interessante que no bairro da NAV colocassem uma ou duas familias daquelas mesmo problemáticas. Só para ver como reagiriam aqueles socialistas pseudo-democratas . Se ainda apoariam Cesar com tanto vigor.Nada disse a respeito do aéroporto, nem do cinema. Retenção de areias nem se falou. Campo de golfe nem uma referência. Nem sequer um estudo sobre o emprego. Em conclusão muito foi o que não disse.
Ao contrario da CPI do PSD que em comunicado congratula-se com as palavras do Vice-Presidente do Governo sobre o Aeroporto, eu fiquei triste e preocupado.
Preocupado, porque as forças vivas de Santa Maria ainda não se aperceberam das dificuldades que o futuro trás.
Triste, porque ninguém contestou uma resposta redonda , politicamente correcta, que nada de concreto e palpável diz, como foram as Palavras de Sergio Avila, no conselho de ilha.
De Positivo mesmo só a verba para uma empresa não sei de onde fazer um documentário sobre o Aeroporto, e a criação de uma vaga no Centro de Saúde para um nutricionista (até de gordos nos chamou) que era mesmo a especialidade que nos fazia falta.