quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Pisca-Pisca

Se não me falha a memória, Rute Marlene, cantora muito popular da chamada “musica pimba” tem um tema que se chama “a moda do pisca-pisca”.

O refrão diz :

“Eles olham p’ra direita e … pisca-pisca
Eles olham para a esquerda e… pisca-pisca

Andam pra aí a piscar
Para ver se arranjam conquista
Parece que está a dar
E que veio pra ficar
A Moda do pisca-pisca….”


Penso que após o resultado das eleições de 27 de Setembro de 2009 para a Assembleia da Republica, a moda vai pegar para os lados de S.Bento.

O (Eng.)? José Sócrates e os socialistas, durante os próximos quatro anos vão ter que se aplicar a sério, e saber de cor a letra completa.

Vai ser interessante acompnhar, o novo Sócrates. Menos arrogante?; menos convencido?; MAIS DEMOCRATA?.

VEREMOS?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Associativismo

Santa Maria é uma ilha onde espírito associativo, ainda, está muito vivo.

São inúmeras as Associações que existem nesta ilha, em diferentes áreas e que logicamente recorrem a apoios, principalmente municipais, para desenvolverem as suas actividades.

Todas elas têm como objectivo final a promoção do nome “SANTA MARIA

Se este espírito tem um aspecto positivo, que é o de envolver muito trabalho voluntário, também não deixa de ser verdade que para uma Câmara com parcos recursos, como a Vila do Porto, tem aspectos negativos e cria algumas dificuldades

Vejamos:

Nestes últimos 8 anos em que fui vereador da Câmara Municipal, assisti ao aparecimento de novas Associações e de novos eventos que visam promover a ilha; e ao crescimento de outras com planos de actividades mais ambiciosos e compreensivelmente com maiores orçamentos.

Consequentemente, assisti a um aumento dos subsídios entregues às associações.

Mas tudo tem um limite, e esta Câmara está a atingir o seu limite financeiro.

O que origina um problema maior:
1º - Não vão poder surgir novos eventos.
2º- Os que existem não podem crescer, pois se os apoios não aumentarem o evento não prospera.
3º- Corremos o risco de ter vários pequenos eventos, de qualidade duvidosa e que em nada contribuem para a economia da ilha.
4º- Se os dirigentes e associados não se sentirem apoiados, desmotivam-se (e vive-se a crise de criação de listas para os corpos dirigentes das Associações
5º- Se as associações deixarem de dar o seu contributo em tudo o que por cá se faz, o que será desta ilha?????

Este é um tema que em tempo de eleições, seria interessante ver discutido.

Por exemplo, gostaria de ver o Presidente do Governo Regional,reconhecer publicamente:
- a importancia do Associativismo em Santa Maria.
- que a politica dos apoios para as Ilhas da Coesão iria ser revisto, aumentando o seu orçamento e colaborando através das suas Secretarias (Desporto, Cultura, Turismo, Obras Públicas) na elaboração dos eventos considerados importantes para a ilha.

Se a Câmara não pode despender mais dinheiro do seu Orçamento; se os eventos são importantes para a Ilha, então que o faça o Governo.
Não é essa a sua obrigação?

Mais. Gostaria de ver uma “politica de avaliação” e de “critérios de atribuição” ” (tais como os que existe no desporto) para definir os apoios que são dados às instituições, principalmente. os da área cultural e de promoção turística.

Tem que existir transparencia; e acima de tudo justiça.

Tem que se premiar quem trabalha.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

25 ANOS DE MARÉ


Maré 2009

25 anos de Maré.

Tenho o privilégio de poder afirmar que “sofri” no pêlo 25 marés. Sim sofri porque não era fácil aguentar 3 dias com o lema ; “evite a ressaca mantenha-se alcoolizado” (vulgo bêbado).
Sou o que se chama um totalista.

Assisti ao longo destes anos a excelentes espectáculos musicais, momentos únicos, oportunidades que só a Maré era capaz de proporcionar. Era a música do mundo trazida a um pasto mítico. Ouvi Fado, Jazz, Blues, Africana, Samba, Rock, Pop, Intervenção, Popular, Folk, Reggae e tantos outros géneros que é impossível referir todos. Uns melhores que os outros evidentemente.
Neste longo percurso existiu sempre uma constante, uma base referencial; Construir um festival que agradasse a jovens e a menos jovens.
Por isso a Maré era, para além de um ponto de encontro de sons, um ponto de encontro de gerações.
Nesta maré de 2009, não senti isso, com muita pena minha.
Sinal de que estou a ficar velho??? É bem possível. Mas não posso aceitar isso passivamente.

Esta Direcção da Maré fez um óptimo trabalho. Revitalizou o festival, deu-lhe um novo formato e consequentemente uma nova chama. A Maré está bem e recomenda-se. Parabéns por isso.

Contudo num aniversário de Bodas de Prata esperava mais. E não aceito a desculpa de orçamentos. Foi a maré mais cara de sempre (a verificar pelos apoios recebidos).
Na minha opinião o festival, em termos musicais, não foi nada de especial (excepção aos GENTALMAN) e acima de tudo faltou “aquele grupo” que unisse a geração dos “cotas” à irreverência da juventude que se encontrava no pasto.
A actual Direcção não pode nem deve cortar com o passado. Deixar de fora aqueles que durante 25 anos fizeram da Maré o festival que é hoje é um enorme erro.
Um cartaz que é feito unicamente a pensar numa faixa etária, é desvirtuar o verdadeiro espírito da Maré e desprezar todo o seu passado.

Existem, neste actual formato do festival, mais coisas com as quais não concordo, e que na minha opinião deveriam ser repensadas. As entradas gratuitas dos “cartões inter-jovem”, a presença dos DJ no Palco principal e o 3º grupo no palco castelo são algumas delas.

Aos outros pequenos (grandes) pormenores como o trânsito, estacionamento e campismo (selvagem e sem condições) não deveria a Maré ter uma cota de responsabilidade na sua resolução?
E os Amigos da Praia ainda existem? Não poderiam dar uma mãozinha?

Penso que é necessário definir que Maré queremos.
Se optarmos por um festival de massas então é necessário criar condições para recebermos condignamente quem nos visita.
Para uma ilha que aposta no turismo e um festival que pode e deve ser um contributo para tal, é importante que a imagem não seja prejudicada.

Viva à Maré!.